Associação

A Portingaloise – Associação Cultural e Artística desenvolve recriações e também criações originais contemporâneas a partir da reflexão sobre conteúdos históricos e estéticos da época moderna. Em paralelo, desenvolve regularmente atividades pedagógicas, apresenta trabalhos de investigação científica e organiza anualmente o Portingaloise – Festival Internacional de Danças e Músicas Antigas.

É constituída por artistas de formação versátil – dança, música, teatro, história da arte – que comungam do amplo interesse pelas artes do espetáculo na época moderna, orientando-se pela interpretação historicamente informada a partir da consulta assídua de documentos antigos.

CATARINA COSTA E SILVA
DIREÇÃO ARTÍSTICA E PEDAGÓGICA


A sua atividade artística e pedagógica abrange as suas diferentes formações: Curso vocacional de dança – Ginasiano Escola de Dança; Licenciatura em História da Arte – FLUP; Licenciatura em Canto – ESMAE; MA Music-Theatre Studies – University of Sheffield; Curso de Encenação de Ópera – FCGulbenkian.

Fez formação em Danças Antigas com diferentes mestres de renome internacional (Béatrice Massin, Bruna Gondoni, Catherine Turocy, Cecília Gracio Moura, Cecília Nocilli, Diana Campóo, Dorothée Wortelboer, Françoise Denieau, Jürgen Schrape, Marie Geneviève Massé, Maria José Ruiz, Ricardo Barros, entre outros). Como intérprete ou assumindo a encenação/direção coreográfica, apresentou-se dentro e fora de Portugal (Alemanha, Brasil, Espanha, Finlândia, França, Inglaterra, Itália) em importantes eventos (Aerowaves-Londres, Guimarães 2012–CECultura, Dias da Música-CCB, Tempestade e Galanterie-Queluz, Festival Mozart-Rovereto, Fringe-Utrecht) com diversos agrupamentos nacionais e estrangeiros.

Leciona Música e História da Cultura e das Artes no Ginasiano Escola de Dança desde 1994. Leciona Danças Antigas no Curso de Música Antiga da ESMAE – P.Porto desde 2008, assim como em diferentes instituições artísticas nacionais e estrangeiras, tais como a Semana de Música Antiga da Universidade Federal de Minas Gerais ou a European Union Baroque Orchestra (EUBO). É presidente da Portingaloise – Associação Cultural e Artística e council member (por Portugal) da European Association for Dance History. É investigadora colaboradora do Centro de Estudos Clássicos e Humanístico da Universidade de Coimbra, doutoranda de Estudos Artísticos com o estudo histórico-coreológico do manuscrito Choregraphie de Felix Kinski, sendo bolseira da Fundação para a Ciência e Tecnologia desde fevereiro de 2022.

THIAGO VAZ
DIREÇÃO EXECUTIVA


Cantor de formação, é mestre em Interpretação Artística/Música Antiga pela Escola Superior de Música e Artes do Espetáculo – P. PORTO e bacharel em Música/Canto pela Universidade Federal de Uberlândia, Brasil. Estudou na Staatlich Hochschule für Music Trossingen (ERASMUS) e é mestre em Ensino de Música pela Universidade de Aveiro.

Integra a direção da Portingaloise – Associação Cultural e Artística, que desde 2015 atua nas vertentes da performance, formação e investigação relacionadas à dança e à música antigas. Realizou diversos cursos de dança antiga (Barroco e Renascimento) com Catarina Costa e Silva, Béatrice Massin, Diana Campóo, Ricardo Barros, Gloria Giordano, Cecilia Grácio Moura, Teresita Campana y Eva Narejos.

Com uma formação multidisciplinar nas artes do espetáculo busca sempre estar envolvido em projetos que dialogam com diferentes expressões artísticas, tendo já atuado em diversos países, entre os quais Brasil, Portugal, Espanha, Alemanha, França e Itália. Como cantor, destaca o seu debut no Teatro Real de Madrid com a ópera Dido y Eneas – A Hipster Tale de H. Purcell, direção musical de Aarón Zapico (Forma Antiqva) e encenação de Rafael R. Villalobos (2015 e 2017). Foi Aeneas na ópera Dido & Aeneas (2016) e Damon na ópera Acis & Galatea (2014) de G. F. Haendel (Dir. Magna Ferreira, Encenação Catarina Costa e Silva). Integrou os elencos do Ballet de la Raillerie (2014) de J. B. Lully (Dir. Musical Pedro Sousa Silva, Encenação Catarina Costa e Silva) e da Ópera/Happening The Fairy Queen (2013) de Henry Purcell (Dir. Musical Pedro Sousa Silva, Encenação Sara Erlingsdotter). Colabora regularmente com o ensemble de música medieval Na Rota do Peregrino (Dir. Maurício Molina e Daniela Tomaz), além do Ensemble Portingaloise e O Bando de Surunyo (Dir. Hugo Sanches), entre outros.

Como complementação de seus estudos vocais e interpretativos participou de diversos cursos com renomados profissionais das áreas de música, voz, dança, teatro e educação. Destaca em sua formação os professores Catarina Costa e Silva, Edmar Ferretti, Flávio Carvalho, Isabel Alcobia, Jan Van Elsacker, Magna Ferreira, Maria Célia Vieira, Miriam Morel, Peter T. Harrison e Sylvio Robazzi.

Desde 2016 é professor no Ginasiano Escola de Dança, nos cursos artísticos especializados de Dança, Música e Teatro. Entre 2018 e 2021 esteve à frente do projeto ERASMUS+ “Identity in Dance and Song” fruto da colaboração de 6 escolas em 5 países europeus (Bulgária, Grécia, Polónia, Itália e Portugal) no domínio da dança e música tradicional em contexto de sala de aula.

DANIELA LEITE CASTRO


Licenciada em Composição pela Esmae, Daniela Leite Castro é compositora e arranjadora, música e performer, e professora de voz, coro e práticas de conjunto no Ensino Livre. Na procura de uma maior transversalidade e interdisciplinaridade, desenvolve regularmente um trabalho de cruzamento de linguagens artísticas, em particular com a Dança e o Teatro, ora na performance, na criação ou na pedagogia.

Faz parte da Portingaloise – Associação Cultural e Artística, grupo de estudos, performance e divulgação das danças antigas; da Coração nas Mãos – Associação Cultural e Artística, companhia de Novo Circo e trabalho com comunidade; da Interferência – Associação de Intervenção na Prática Artística; e integra ainda o NEFUP – Núcleo de Etnografia e Folclore da Universidade do Porto e as Cantadeiras do NEFUP.

Trabalha regularmente com o Projecto Cardo nas componentes pedagógica, criativa e performativa, para a preservação, divulgação e transformação da música tradicional portuguesa.
Integra também a banda Retimbrar e o grupo vocal Canto Nono.

A componente coral é de grande importância na sua vida e no seu trabalho. Fez parte de vários grupos vocais, entre os quais o Coro de Câmara de São João da Madeira e o Absolutem Vocem Ensemble. Nos últimos anos tem trabalhado com vários coros dirigindo e integrando projectos em comunidade, entre os quais o Cor(p)o Metropolitano, projecto criado e financiado pela AMPorto.

ALEXANDRA CAMPOS


Tem formação em dança clássica, contemporânea e danças antigas. Neste campo, teve aulas com vários mestres de referência internacional. Como intérprete, colabora regularmente com Catarina Costa e Silva e Isabel Gonzaga. Alguns projetos resultam de co-produções com a Escola Superior de Música e Artes do Espectáculo e a Escola de Música do Conservatório Nacional.

Fora de Portugal, dançou no Festival Lumières (Helsínquia) e no Festival Mozart (Rovereto). Em 2011, realizou um estágio do Programa Inov-Art na companhia Fêtes galantes, onde trabalhou como colaboradora artística no DVD pedagógico La danse baroque proposée par Béatrice Massin.

É Mestre em História Moderna, com uma dissertação sobre os tratados de dança em Portugal no século XVIII (FCSH/NOVA, 2009), e iniciou, em 2016, um Doutoramento em Ciências da Comunicação, na FCSH/NOVA, sobre a transmissão do património da dança barroca. É membro do Grupo Ibero-Americano de Estudo de Danças Antigas e do Ensemble Portingaloise.

INÊS NEGRÃO


Nascida no Porto em 1980, desde cedo a dança e a música fizeram parte da sua formação. Licenciada pela Escola Superior de Dança estudou pedagogia e didáticas nas metodologias de dança, frequentando o programa Erasmus na Fontys Hogenscholen Dansacademie, na Holanda.

Como pedagoga, os princípios da tradição Humphrey-Limón foram sempre uma inspiração e um tema de estudo constante. Este enriquecimento pessoal teve muitas materializações, onde se destacam as formações com Valerie Preston-Dunlop, Rosemary Brandt, Roxane D’Orleans Juste e Nina Watt.

Para além da prática de docente de técnicas de dança desde 2006, mantém também atividade como intérprete, tendo trabalhado com a Companhia de Dança de Aveiro, o LPmovimento, projectos como o TeDance, assim como intérprete das suas criações coreográficas. Atualmente colabora com o Ensemble Portingaloise e realiza workshows para público infantil. Como coreógrafa desenvolveu alguns trabalhos pontuais, mas é como assistente coreográfica / ensaiadora que se identifica neste campo, tendo colaborado com o coreógrafo Romulus Neagu, Bruno Alexandre e com a Kale Companhia de Dança.

PEDRO SANTOS


É mestre em Composição pelo Conservatório Real de Haia (Países Baixos, 2005) e licenciado em Composição pela Escola Superior de Música e Artes do Espetáculo (Politécnico do Porto, 2002). A sua atividade profissional abrange o ensino, a composição, a investigação e a crítica musical.

Lecionou em diversas escolas do ensino artístico especializado e profissional de música, tendo também desempenhado funções de coordenação pedagógica. Atualmente integra o quadro da Escola Artística do Conservatório de Música Calouste Gulbenkian de Aveiro onde leciona Análise e Técnicas de Composição nos cursos secundários de música. Tem ainda desempenhado a função de Professor Assistente Convidado na Licenciatura em Composição da ESMAE.

Como compositor escreveu para formações instrumentais e vocais diversificadas, destacando-se Pater noster para dois coros e septeto instrumental (Semana Santa de Esposende 2022), Num meio dia de fim de Primavera para coro e orquestra de sopros (Ano Municipal da Criança do Município de Lousada, 2018), Sketch Fragment para quarteto de cordas (Harmos Festival, Porto 2017), O Sonho do Arlequim para sexteto instrumental (Cistermúsica, Alcobaça 2011), Tríptico (Água-Granito-Festa) para orquestra sinfónica (Contos com Música… Música com Contos, Viana do Castelo 2009). Realizou diversos arranjos a partir de melodias tradicionais portuguesas, destacando-se três canções para coro a capela (a partir de melodias do Cancioneiro de Arouca de Virgílio Ferreira) editadas no disco Despiques (Coro de Câmara de S. João da Madeira 2008) e o arranjo para coro feminino e ensemble instrumental “Versos e Canto da Verónica” (a partir de melodias recolhidas por Michel Giacometti) editado no disco No Monte das Oliveiras (Cardo Roxo 2019). Participou também em projetos interdisciplinares destacando-se a sua colaboração nos espetáculos “Kinski”, “Balle de las danças” e “Vi/Ver o Paço” produzidos pelo Ensemble Portingaloise em 2017, 2021 e 2022, respetivamente.

Participou como comunicador em conferências internacionais e publicou textos científicos sobre repertório contemporâneo para coro infantil, destacando-se o capítulo “The interaction choir-orchestra in «Ljus av ljus» by Karin Rehnqvist” do livro “Choral Singing: Histories and Practices” (Cambridge Scholars Publishing, 2014). Como crítico de música tem colaborado desde 2014 com o jornal Público e mais recentemente com o Espaço Crítica para a Nova Música do Centro de Investigação & Informação da Música Portuguesa.

CRISTINA FERNANDES


Cristina Fernandes é investigadora integrada do INET-md (NOVA FCSH), tendo obtido um contrato para desenvolvimento do projecto “Music, Performing Arts and Diplomacy in the 18th century: Portuguese networks in the international stage” na 5.ª edição do Concurso Estímulo ao Emprego Científico Individual da FCT (2022).

Natural da Guarda, fez o Curso Complementar de Piano no Conservatório da Covilhã, antes de obter a licenciatura em Ciências Musicais na NOVA FCSH. Completou o Mestrado em Musicologia Histórica na mesma instituição e doutorou-se em Música e Musicologia na Universidade de Évora. Entre 2011 e 2017 realizou um pós-doutoramento sobre as práticas musicais e o cerimonial da Capela Real e Patriarcal de Lisboa (1716-1834), com uma bolsa da FCT, e entre 2015 e 2017 coordenou a linha temática do INET-md “Abordagens Históricas à Performance Musical”.

Tem integrado diversos projectos de investigação em Portugal e no estrangeiro, incluindo várias colaborações com o grupo Música em Espanha; Composição, Recepção e Interpretação da Universidade de La Rioja. Fez parte da equipa do projecto europeu “PERFORMART- Promoting, Patronising and Practising the Arts in Roman Aristocratic Families (1644-1740). The Contribution of Roman Families’ Archives to the History of Performing Arts” (IP: Anne-Madeleine Goulet, ERC Consolidator Grant 2015; instituições de acolhimento: CNRS, École Française de Rome) e foi co-investigadora responsável do projecto “PROFMUS – Ser Músico em Portugal: a condição socioprofissional dos músicos em Lisboa” (INET-md, financiado pela FCT). Actualmente colabora com o projecto “Cultura escenográfica en el contexto hispánico de la Edad Moderna: Un enfoque holístico” (financiado pelo Ministerio de Ciencia e Innovación, España).

Tem participado em conferências e seminários de investigação em Portugal, Espanha, Itália, Reino Unido, França, Bélgica, Holanda, Áustria, Grécia e Brasil e é autora de diversos livros e artigos sobre temáticas relacionadas com a música e as artes do espectáculo no século XVIII, entre outros temas.

Tem escrito também guiões para concertos encenados em torno da música e da dança nos salões e assembleias setecentistas. Foi professora em estabelecimentos do ensino especializado da música de diferentes níveis, incluindo a Escola das Artes – Univ. Católica Portuguesa (Porto) e o departamento de Ciências Musicais da NOVA FCSH. Entre 2015 e 2021 foi membro da direção da SPIM-Sociedade Portuguesa de Investigação em Música. É crítica de música do jornal Público.

SARA DACAL


Licenciou-se em Música Antiga, na especialidade de Cravo, pela Escola Superior de Música e Artes do Espetáculo do Politécnico do Porto, tendo realizado ERASMUS na Staatlich Hochshule für Musik Trossingen, Alemanha. Concluiu o Mestrado em Estudos Artísticos na Universidade de Coimbra em 2018 com a seguinte dissertação: “A música impressa do fundo da Biblioteca Geral da Universidade de Coimbra – Catalogação dos livros de partes do séc. XVI”.

O seu interesse crescente na catalogação e inventariação de documentos levou-lhe a realizar um curso de Técnico Auxiliar de Biblioteca Profesional em Sevilha, Espanha. Concluiu o “Grado en Información y Documentación” pela Universidade de León, Espanha.

É membro da Portingaloise – Associação Cultural e Artística, onde tem exercido funções relacionadas à produção e direção de cena de festivais, encontros académicos, espetáculos e demais atividades da associação desde 2015.